QUATRO MOMENTOS. TEMPOS DE UM AMOR.
Primeiro momento:
No meu
peito tem um balão...
Inflado,
colorido
De
alegria,
De
entusiasmo,
De
ilusão.
Momento
mágico
De
amor,
De
emoção,
De
esperança.
Segundo momento:
No meu peito tem um balão...
No meu peito tem um balão...
Esvaziando,
Desbotando...
Alfinetadas
atingindo-o.
São
tantas... certeiras,
Ora
aqui, ora ali.
O calor
das ofensas
Retirando-lhe
a cor.
Terceiro momento:
No meu
peito tem um balão...
De
chumbo.
Endurecido...
dolorido.
A cor
que era de alegria
Hoje é
de tristeza.
O
entusiasmo,
Não
mais me entusiasma.
A
esperança, a ilusão
Agora,
onde estão?
No meu
peito existe dor.
Quem
diria...
Depois
de tanto amor.
Quarto momento:
No meu
peito tem um balão...
De
algodão, macio, leve,
Devagar...
Sem pressa.
Meu
coração tem a calma
Da
aceitação.
No meu
peito tem um balão
Silencioso... solitário
Branco...
encenando PAZ.
Maria
do Carmo Marinho
LOUCURA
Eu amei
a fantasia.
Animei
o sonho
Inanimado
que dormia,
E que
há muito tempo não sabia
O que
era sonhar.
Amei a
fantasia,
Sobrevoei
a realidade,
Acreditei
em mentiras
Entrei
em barco furado,
Naveguei
sem remo,
Alcei
voo sem ter asas.
Desci
de paraquedas fechado,
Despenquei,
Caí...
Mas...LEVANTEI.
Maria
do Carmo Marinho
FIM
Busco
palavras...
Que se
perderam num labirinto
De
emoções renitentes,
Teimosas,
que não se entregavam
Certas
de que não pudessem acabar.
Mas, o
coração quando ferido,
De
emoções também cansa,
E o
cérebro que não descansa
Também
resolve parar.
E para
falar de amor,
Decide
Nenhuma
palavra lembrar.
Maria do Carmo Marinho
IMPOSSIBILIDADE
Ah! Se
me fosse dado
Retornar
o tempo.
Eliminar
o hoje
E
reviver o ontem.
Nasceria
nova a ilusão,
Brotaria
verde a esperança,
Brilharia
alegre a alegria.
Eu
seria apenas um prenome,
Um ser
qualquer,
Misturado
entre tantos.
Desejada
e esperada.
Mas...
agora é hoje.
O ontem
já passou.
Considero
a realidade
E me
curvo diante de tal
IMPOSSIBILIDADE.
Maria
do Carmo Marinho
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