quinta-feira, 29 de setembro de 2016

MAIS POEMAS DE AMOR E ...DOR











QUATRO MOMENTOS. TEMPOS DE UM AMOR.

Primeiro  momento:

No meu peito tem um balão...
Inflado, colorido
De alegria,
De entusiasmo,
De ilusão.
Momento mágico
De amor,
De emoção,
De esperança.


Segundo momento:

No meu peito tem um balão...
Esvaziando,
Desbotando...
Alfinetadas atingindo-o.
São tantas... certeiras,
Ora aqui, ora ali.
O calor das ofensas
Retirando-lhe a cor.


Terceiro  momento:

No meu peito tem um balão...
De chumbo.
Endurecido... dolorido.
A cor que era de alegria
Hoje é de tristeza.
O entusiasmo,
Não mais me entusiasma.
A esperança, a ilusão
Agora, onde estão?
No meu peito existe dor.
Quem diria...
Depois de tanto amor.


Quarto  momento:

No meu peito tem um balão...
De algodão, macio, leve,
Devagar... Sem pressa.
Meu coração tem a calma
Da aceitação.
No meu peito tem um balão
Silencioso...  solitário
Branco... encenando PAZ.

                                               Maria do Carmo Marinho


LOUCURA

Eu amei a fantasia.
Animei o sonho
Inanimado que dormia,
E que há muito tempo não sabia
O que era sonhar.
Amei a fantasia,
Sobrevoei a realidade,
Acreditei em mentiras
Entrei em barco furado,
Naveguei sem remo,
Alcei voo sem ter asas.
Desci de paraquedas fechado,
Despenquei,
Caí...
Mas...LEVANTEI.

                                            Maria do Carmo Marinho


FIM

Busco palavras...
Que se perderam num labirinto
De emoções renitentes,
Teimosas, que não se entregavam
Certas de que não pudessem acabar.
Mas, o coração quando ferido,
De emoções também cansa,
E o cérebro que não descansa
Também resolve parar.
E para falar de amor,
Decide
Nenhuma palavra lembrar.

                                              Maria do Carmo Marinho


IMPOSSIBILIDADE

Ah! Se me fosse dado
Retornar o tempo.
Eliminar o hoje
E reviver o ontem.
Nasceria nova a ilusão,
Brotaria verde a esperança,
Brilharia alegre a alegria.
Eu seria apenas um prenome,
Um ser qualquer,
Misturado entre tantos.
Desejada e esperada.
Mas... agora é hoje.
O ontem já passou.
Considero a realidade
E me curvo diante de tal
IMPOSSIBILIDADE.

                                            Maria do Carmo Marinho








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