sexta-feira, 7 de julho de 2017

DIA CINZENTO








Ah...esse dia cinzento...
Abandono-me
Em atropelos do recomeço
Que não têm fim.
Todo dia...
Retirar, não sei de onde,
Forças para seguir adiante,
Numa estrada vazia,
De curvas sinuosas,
Sem sinal que aponte a direção.
Ah...esse dia cinzento...
Sem luz a clarear,
Faz  mais difícil o caminhar.
Mas... Não há como parar.
Entregar-me ao marasmo dos desiludidos
Ao desânimo dos descrentes?
Nunca!
Busco forças na esperança,
Agarro-me ao querer.
Renovo-me. Hoje. Amanhã.
SEMPRE.

              Maria do Carmo Marinho


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